VELHOS TEMPOS
Não podia deixar de atender um pedido muito especial.
Por isso fui revirar o meu baú para encontrar mais uma pérola dos velhos tempos.
Ah! minha adolescéncia! Quanta saudade da UTOPÍA de mudar o mundo!
Do acreditar que tudo era possível. Bastava querer. Acreditar que a UNIÃO e os IDEAIS bastavam para acabar com as tiranias.
O mundo realmente mudou muito. Mas será que tudo foi para melhor???!!!
Tenho cá minhas dúvidas.
As minhas saudades me fazem crêr que não! E também esvaziam as forças daqueles que perderam pelo caminho as UTOPÍAS.
Fica aqui mais um belo momento dos Velhos Tempos. Primeiro a letra e a seguir o video.
Espero que goste!
Mercedes Sosa - Alfonsina Y El Mar
Por la blanda arena Que lame el mar
Su pequeña huella No vuelve más
Un sendero solo De pena y silencio llegó
Hasta el agua profunda Un sendero solo
De penas mudas llegó Hasta la espuma.
Sabe Dios qué angustia Te acompañó
Qué dolores viejos Calló tu voz
Para recostarte
Arrullada en el canto De las caracolas marinas
La canción que canta En el fondo oscuro del mar
La caracola.
Te vas Alfonsina Con tu soledad
¿Qué poemas nuevosFuíste a buscar?
Una voz antigüa De viento y de sal
Te requiebra el alma Y la está llevando
Y te vas hacia allá Como en sueños
Dormida, AlfonsinaVestida de mar.
Cinco sirenitas Te llevarán Por caminos de algasY de coral
Y fosforescentes Caballos marinos harán
Una ronda a tu ladoY los habitantes Del agua van a jugar
Pronto a tu lado.
Bájame la lámpara Un poco más
Déjame que duerma Nodriza, en paz
Y si llama él No le digas nunca que estoy
Di que me he ido.
Te vas Alfonsina Con tu soledad
¿Qué poemas nuevosFueste a buscar?
Una voz antigüa
Alfonsina Storni nasceu na Suíça, no Cantão Italiano, em 29 de Maio de 1892.
Chamaram-na Alfonsina, que quer dizer "disposta a tudo".
Em 1896 imigrou com os seus pais para a província de San Juan na Argentina.
Aos 12 anos, Alfonsina escreve seu primeiro poema centrado na morte e o deixa sob a almofada de sua mãe que lhe repreende, dizendo que a vida é muito bela para aquilo.
Em 1901, vai para Rosario (Santa Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras. Trabalha para o sustento da família como costureira, operária, actriz suplente numa companhia de teatro e professora.Seus poemas são incisivos e eficazes, podendo ser considerada para a época em que viveu, uma feminista.Aos 20 anos tem seu único filho, Alejandro, seu companheiro inseparável. A esse respeito disse: “Eu tenho um filho fruto do amor, do amor sem lei”.Descobre-se portadora de câncro/câncer no seio em 1935.
O suicídio de um amigo Horacio Quiroga, em 1937, deixa-a profundamente abalada.Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata, para um jornal, o soneto “Vou a Dormir”.
VOU DORMIR
Dentes de flores, cofia de sereno,
Mãos de ervas, tu ama-de-leite fina,
Deixa-me prontos os lençóis terrosos
E o edredom de musgos escardeados.
Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me uma lâmpada a cabeceira;
Uma constelação; a que te agrade;
Todas são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me sozinha: ouves romper os brotos...
Te embala um pé celeste desde acima
E um pássaro te traça uns compassos
Para que esqueças... obrigado.
Ah, um encargo:
Se ele chama novamente por telefone
Diz-lhe que não insista, que sai...
Seu corpo foi encontrado na praia La Perla, Mar del Plata, no dia 25 de outubro de 1938.
1 comentário:
Linda música, grande mulher,tristes lembranças.
Continue amiga!
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