CURTAS, MAS NECESSÁRIAS!

Caros visitantes,
Estou inaugurando hoje um novo espaço - Curtas, mas Necessárias! - que pretendo que seja o soltar de gritos presos na garganta de todos nós. Conto com a vossa colaboração!

POLÍTICAS

O respeitabilíssimo Deputado pelo PSD (ou como dizem alguns, PPD/PSD), Luís Marques Mendes, anda por aí a atirar achas à fogueira, como no já cansativo tema Aeroporto da OTA ou Redução dos Impostos (IVA, IRS, IRC).
Mas há que lembrar ao Sr. Deputado, já que o próprio se faz de esquecido (pode ser que ele tenha uma memória também pequena) que a maioria dos temas que ele hoje tanto se opõe e critica, foram temas de anteriores governos do PSD e na altura ele era totalmente a favor.
Ora Sr. Deputado! Deixe de politiquices e faça POLÍTICA a sério, com P maiúsculo!

Nosso Excelentíssimo Primeiro-ministro – Eng.º José Sócrates – tem apregoado de “boca cheia e peito aberto” que o desemprego tem vindo a baixar a olhos vistos. As unidades do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), espalhadas por todo o país registam cada vez menos cidadãos a procura de novo ou primeiro emprego. O ISS (Instituto de Segurança Social) tem deferido um número cada vez menor de pedidos de Seguro Desemprego. SERÁ??????
Acredito que não! E por várias razões que normalmente não são referenciadas nesses pronunciamentos.

1. Os desempregados que frequentam cursos de Formação Profissional Co-financiados deixam de pertencer as listas do IEFP e ISS;
2. Os Independentes (Trabalhadores a Recibos Verdes), que mesmo não trabalhando o suficiente para pagar os PESADOS Impostos que lhes são infligidos, que em muitos casos são obrigados a manter a actividade aberta para não correr o risco de perder qualquer oportunidadezinha que possa aparecer e que por isso são EXTREMAMENTE penalizados, e mesmo não sendo TRABALHADORES na real acepção da palavra, pois as vezes passam meses sem ter uma única actividade, também não contam das estimativas;
3. Os “profissionais” do trabalho não qualificado, não reconhecido, não digno, não humano, não civilizado, não tudo, que por razões de sobrevivência mínima se vêem obrigados a se sujeitar a clandestinidade, também não constam das listas.

Sr. Primeiro-ministro, faça um favor a todos nós e a si próprio:

PENSE BEM! OLHE A SUA VOLTA COM OLHOS DE VER E DEPOIS SE PRONUNCIE. NÃO TAPE O SOL COM UMA PENEIRA.

Nina Machado — 23 de Março de 2007