Reta final do verão! E "que Estado a que isto chegou?..." O saudoso Salgueiro Maia ficaria perplexo ao ver que pouca coisa mudou nos últimos 36 anos. Principalmente as mentalidades. Olhamos a volta e o verde ficou preto. Se desfez em cinzas. Olhamos a volta e os sorrisos das férias se transformaram em lágrimas e gritos de revolta com as dolorosas perdas de entes queridos. Olhamos a volta e vemos chapas retorcidas, espalhadas pelas estradas. Vemos os olhares perdidos em busca de um envelhecer mais digno. Vemos promessas mal cumpridas e outras que nos tentam retirar o pouco que ainda nos resta. O verão vai terminando e com ele, mais uma vez a ilusão de que ainda podíamos ter esperanças. Vamos continuar a nos arrastar pela vida, pois caminhar já não podemos.
No dia 03 de Setembro próximo, estreia nos cinemas brasileiros o Filme NOSSO LAR, baseado na obra homónima do nosso querido Chico Xavier, ditada pelo espírito de André Luís. Através do Fórum Espirita, tive conhecimento que o que interessa para a FOX, Produtora do filme, para este ser levado para o exterior, é a bilheteira da primeira semana. Se esta for um sucesso o filme será levado para o exterior. Assim sendo, deixo aqui um apelo aos espíritas no Brasil:
VÃO VER O FILME NA PRIMEIRA SEMANA.
Não deixem que as filas os desmotivem. Pois se assim não for, nós, espíritas que residimos fora do Brasil, não teremos a chance de assisti-lo. É importante comparecer na primeira semana. Estaremos aqui torcendo para que esse objectivo seja alcançado.
Mais uma vez, depois de uma longa ausência, tenho a necessidade de retornar aqui. Nessa minha janela, onde vagueio pelos campos do meu pensamento, do meu sentir. Aqui onde me refugio dos meus monstros, dos meus medos. Aqui nesse recanto ainda pouco descoberto, escondido entre as montanhas da minha fantasia. Mas dessa vez não vim só. Trouxe Florbela. Sempre Florbela a dar palavras ao meu sentir, quando já não posso.
Nina Machado O meu impossível
Minh'alma ardente é uma fogueira acesa, É um brasido enorme a crepitar! Ânsia de procurar sem encontrar A chama onde queimar uma incerteza!
Tudo é vago e incompleto! E o que mais pesa É nada ser perfeito. É deslumbrar A noite tormentosa até cegar, E tudo ser em vão! Deus, que tristeza!...
Aos meus irmãos na dor já disse tudo E não me compreenderam!... Vão e mudo Foi tudo o que entendi e o que pressinto...
Mas se eu pudesse a mágoa que em mim chora Contar, não a chorava como agora, Irmãos, não a sentia como a sinto!...
Reta final do verão!